Tratamento conservador de fratura condilar intracapsular em idosos

tratamento conservador da fratura condilar

Tratamento conservador de fratura condilar intracapsular em idosos

O que é a fratura condilar intracapsular?

A população brasileira está envelhecendo. Até 2060, de acordo com as projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), teremos mais idosos do que jovens. Por conta disso, é importantíssimo fornecer um atendimento odontológico especial para quem atinge a terceira idade.

Para se ter uma ideia, em 2012, a população de idosos, considerada pelo IBGE aqueles que tem 65 anos ou mais, representava 8,8%, cerca de 17,65 milhões.

Seis anos depois, o número subiu para 10,5%, somando 21,89 milhões de pessoas. Dessa forma, houve um aumento de 24% nesse grupo.

O que, consequentemente, também faz crescer os casos de acidentes domésticos e laborais por conta da redução da mobilidade, que são fatores que levam à fratura de côndilo mandibular.

A fratura de côndilo mandibular acomete a porção lateral da mandíbula, próxima à articulação temporomandibular (ATM). Em outras palavras, é toda fratura acima do forame mandibular que parte do ângulo da mandíbula e contorna a incisura sigmóide e a cabeça condilar.

Sintomas

Os sintomas da fratura condilar são:

  • Dor local;
  • Dor ao mastigar e ao deglutir;
  • Edema;
  • Assimetria facial;
  • Trismo;
  • Crepitações ósseas;
  • Má oclusão;
  • Alteração da ATM.

Plano de tratamento

Essa lesão é bastante complexa, exigindo total atenção do profissional para estabelecer o melhor plano de tratamento, sem que comprometa a estética facial, a funcionalidade do osso e o ajuste da oclusão.

Para isso, o cirurgião bucomaxilofacial precisa verificar se há presença de dentes. Além da altura da fratura, a oclusão do paciente, a gravidade do desvio da mandíbula e a idade.

O mais adequado é priorizar tratamentos conservadores que dispensem internação ou cirurgia. Isso evita danos ao nervo facial, contaminação, sangramento e facilita a recuperação, já que não há incisão.

A grande adversidade do recurso terapêutico é que a oclusão não pode ser colocada em prática. Então, para que a arcada dentária mantenha-se alinhada, é preciso acompanhá-la por redução aberta.

Por outro lado, com os avanços tecnológicos na odontologia, é possível detectar através de exames de imagem a presença de lesões nos tecidos moles e a localização exata da linha da fratura.

A longo prazo, sem um diagnóstico efetivo, a fratura causará alguns problemas, como má oclusão, com destaque para a mordida aberta, assimetria facial, dor crônica e comprometimento da abertura da mandíbula.

Tipos de fratura condilar

Existem dois tipos de fraturas de côndilo mandibular, as intracapsulares, que localizam-se acima da cápsula articular, e as extracapsulares, que estão fora da cápsula articular.

Aqui, daremos preferência para as intracapsulares.

Para que o tratamento conservador seja colocado em prática, é necessário, sobretudo, que o paciente possua dentes e/ou próteses dentárias e que a lesão não tenha provocado outra fratura facial.

Assim, pode-se realizar o bloqueio maxilomandibular.

No procedimento, o dentista aplica a anestesia no local onde os parafusos de bloqueio intermaxilar serão colocados.

Normalmente, utilizam-se seis parafusos, sendo três na mandíbula e três na maxila. No entanto, vale ressaltar que tudo depende das condições do trauma.

Por fim, os elásticos ortodônticos são instalados para efetuar o bloqueio efetivo e o paciente é orientado sobre como se comportar no pós-operatório, pois os elásticos requerem cuidados específicos.

É esperado que o paciente retorne ao consultório após um mês para fazer o acompanhamento da cicatrização.

Depois, quando o procedimento tiver completado 4 meses, os parafusos serão retirados e o tratamento chegará ao fim.

Leia Mais